Para apelar ao apuramento da responsabilidade pelos crimes de guerra e crimes contra a Humanidade! Para exigir o levantamento do cerco ilegal a Gaza! No dia 27 de Dezembro de 2008, as forças armadas do Estado de Israel desencadearam um assalto militar em larga escala contra toda a população de Gaza, após ano e meio de um bloqueio cruel que transformou 1,5 milhão de palestinianos em reclusos nas suas próprias casas. Os bombardeamentos massivos dos primeiros dias culminaram numa invasão devastadora. Na operação militar “Chumbo fundido” as forças armadas israelitas lançaram fósforo branco sobre zonas urbanas densamente populadas e lançaram fogo a mesquitas, escolas, hospitais, cimenteiras, instalações da ONU, padarias e habitações. Finda em 18 de Janeiro de 2009, a operação assassinou mais de 1400 palestinianos, a maior parte civis – crianças, mulheres e idosos – e causou ainda milhares de feridos em três semanas de violência desmedida. Israel invocou auto-defesa como justificação para o ataque contra Gaza e chamou à operação uma guerra, mas, na verdade, foi um massacre! A consciência do mundo ficou chocada com esta demonstração de força militar desumana. Passado um ano sobre o massacre, o cerco ilegal a Gaza continua e a ocupação e colonização israelita dos territórios palestinos intensifica-se e não permite ao povo palestino recuperar da destruição. Não nos podemos esquecer de Gaza! A Iniciativa “Lembrar Gaza” convoca, por isso, uma vigília, no próximo dia 27 de Dezembro, pelas 15h, frente à Embaixada de Israel, em Lisboa, para evocar, solenemente, as vítimas e a destruição, os crimes de guerra e contra a Humanidade e exigir o cumprimento do direito internacional e o levantamento do cerco ilegal a Gaza!
VIGÍLIA
Jantar/tertúlia "80anos de zeca"
VIGÍLIA de SOLIDARIEDADE com AMINETU HAIDAR
Jantar/tertúlia nos "80 anos de Zeca"
Visita Cultural a Setubal
Coincidência feliz termos iniciado o nosso programa de actividades com esta visita a Setúbal, terra por onde têm passado, vivido ou nascido, poetas, músicos, escritores, pintores que se inscreveram nesta luta de bulir com o quotidiano, de alertar consciências, de construir utopias: lembro apenas Bocage, Giacometti e Zeca Afonso.
Foi a primeira incursão naquilo que denominámos como objectivo único do nosso plano de actividades base para estes dois anos - a cultura do desassossego - e aqui, no Museu, vivemos um momento de real inquietação, de questionamento, de reflexão sobre o papel de cada um de nós na comunidade em que se insere. Entendemos também o desassossego que nos provoca este novo conceito de museologia, que exige dos cidadãos uma nova atitude, tornando-os protagonistas da própria história, obrigando-os a escrever no presente como o passado se pode amarrar mas também projectar no futuro.
Interessante ver como os caminhos da arte se podem cruzar de uma forma maior com os da cidadania, da democracia participativa, da defesa dos valores fundamentais e com a preservação da memória. Porque a memória é um bem colectivo e como tal deve ser nacionalizada, partilhada por todos e inscrita nas cartografias da nossa consciência social, na construção da nossa identidade. Essa memória ancorada em vários portos de abrigo do nosso ser colectivo, sem se apagar nem esquecer, antes valorizar e contribuir para o conhecimento e a compreensão do passado e do presente permitindo imaginar o futuro.
A Igreja Gótica apresenta um interior sumptuoso, e foi o primeiro ensaio no País de uma “igreja salão”, conferindo uma unidade do espaço, com as três naves abobadadas à mesma altura, permitindo uma iluminação uniforme do interior. A Igreja é famosa pelas suas belas colunas torsas feitas em brecha (uma pedra típica da Serra da Arrábida) que sustentam as abóbadas.
No tecto estão presentes nervuras espiraladas que viriam a ser um dos grandes marcos do estilo.
Este espaço museológico tem, em exposição permanente, peças de arte e livros do Museu de Setúbal/Convento de Jesus e documentos da Biblioteca Pública Municipal de Setúbal que retratam a figura e obra de Bocage. Em complemento, existe uma cenografia de uma sala, onde uma figura de Bocage se encontra sentada. No primeiro andar, está instalado um Centro de Documentação Bocagiano, ligado, pela internet, a bibliotecas e centros de estudo.
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Assembleia Geral e Plano de Actividades
A Abril realizou no dia 26 de Novembro a Assembleia-Geral eleitoral, tendo sido eleitos para os corpos sociais para o biénio, Novembro de 2009-Novembro de 2011, os seguintes elementos:
- 1. Começando por esta última actividade que já é uma tradição e se identifica com a Associação Abril – o ARRAIAL comemorativo do 25 DE ABRIL – que tem lugar no Largo do Carmo, organizaremos o 7.º e 8.º Arraiais do 25 de Abril, mantendo as suas características já conhecidas: a presença de várias Associações com mostra de gastronomia nacional e internacional, a música e a dança e algumas novidades, uma vez que fizemos uma candidatura formal à CML, no âmbito de um programa de apoios, a conceder a projectos propostos por Associações, por parte da CML. 2. Organizaremos com as escolas iniciativas sobre o 25 de Abril, a cidadania, o ambiente, a paz, o racismo e outras, em que tentaremos imprimir uma componente educativa e pedagógica ao abordar um nível etário mais jovem, no sentido de contribuirmos para a formação de seres humanos mais esclarecidos e mais intervenientes. Para tal, pensamos fazer uma candidatura à FCG, designadamente para apoio à actividade sobre a Revolução dando especial ênfase aos valores que o 25 de Abril representou. 3. No tema “visitas” propomos para cada ano: três visitas a museus/exposições; duas visitas ao património histórico, cultural e natural, em que para além da valorização e satisfação individuais, privilegiaremos o sentimento convivial e as relações inter-pessoais. 4. Nos encontros da Abril para falar sobre temas da actualidade que poderão tomar a forma de debates, conversas de fim de tarde ou tertúlias, pensamos organizar pelo menos quatro sessões, em que destacamos o tema dos ideais republicanos, no ano em que se comemora o centenário da república; o tema sobre o papel da comunicação social na formação e consciencialização dos cidadãos e até dos próprios jornalistas, abrangendo assim as componentes de intervenção política, social e cívica. 5. Colaboraremos e participaremos com outras entidades na organização de eventos que se enquadrem em aspectos culturais, políticos ou sociais, nomeadamente nos movimentos de solidariedade, de luta pela paz, de conservação da memória, defesa da justiça social e protecção da natureza. 6. Finalmente, pensamos continuar com a nossa vocação de acolhimento e apoio a novas Associações e disponibilizar o espaço da sede para o lançamento de livros, discos, passagem de filmes, etc.
Nota: Até final do ano já estão objectivamente programadas duas actividades:
- a primeira realiza-se em 28 de Novembro e será uma Visita Cultural a Setúbal, conforme programa já divulgado;
- a segunda, marcada para Dezembro, trata-se de um lanche ajantarado ao jeito de tertúlia com depoimentos, música e poesia, que, para além de festejar o Natal, será integrada nas comemorações do projecto "80 anos do Zeca Afonso", sob o lema "Neste Natal, ofereça Zeca".