FESTIVAL DOS CRAVOS DE ABRIL 2015

Literaturas mil… em abril



No âmbito do Festival dos Cravos de Abril, a Associação Abril vai levar a cabo um conjunto de atividades, sob o tema: Literaturas mil… em abril centradas na língua portuguesa e na riqueza das literaturas lusófonas.Propomos um encontro de emoções, de ficções e realidades, onde a palavra escrita e oral, duas faces da mesma moeda, será celebrada, quer como meio de sensibilização, inspiração e musicalidade, quer como fator transformador ou gerador de pensamento, arte e cultura.

As múltiplas literaturas e suas diferentes formas de expressão, prosa literária, poesia e linguagem cinematográfica e teatral, acompanhadas de especiais momentos de música ao vivo, estarão connosco em Abril.
Um desafio é lançado a todos: Leiam “OS MEMORÁVEIS” e falem com a Lídia Jorge. Releiam “OS MAIAS” e partilhem os seus sentimentos sobre a obra com os especialistas convidados. Deem as boas-vindas a um novo livro e sonhem com o país dos nossos desejos. Descubram os POETAS da Lusofonia. Revejam a poesia de Fernando Pessoa e venham ao TEATRO. Esperamos por si!
PROGRAMA

Dia 10 de Abril-18h30
Sociedade Portuguesa de Autores
Apresentação do Festival dos Cravos de Abril
Literaturas mil…em abril
Momento musical com António Portanet, Carlos Gutkin e Couple Coffee
Dia 14 de Abril-18h30
Livraria Círculo das Letras
                                                                           Rua da Voz do Operário, 62 – Lisboa
Lançamento do livro
“YOUKALI é o país dos nossos desejos”, de António Borges Coelho
Com a presença do autor e apresentação de Paulo Sucena
 Dia 15 de Abril-18h30
Sociedade Portuguesa de Autores
A Prosa Contemporânea
 “Os Memoráveis”, de Lídia Jorge
Com a presença da autora e de Paula Morão
A revolução de 1974 com seus protagonistas e memórias, num retrato espantoso do curso da história e de um tempo de alegria e de esperança. Uma conversa sobre a obra entre os leitores, a autora e os convidados.  
Dia 16 de Abril-19h00
Auditório da Esc.Sec.de Camões
A Poesia Lusófona
 A voz de poetas da Lusofonia
Com a presença de Carlos Ferreira, de Angola;José Luís Hopffer Almada, de Cabo Verde; Luís Carlos Patraquim, de Moçambique; José Fanha de Portugal; e Olinda Beja, de São Tomé.

Moderação e leitura: João d´Avila e Fernando Rebelo
 Damos voz aos poetas. Ocasião para se desvendar os modos do processo criativo, da construção do poema, do jogo das palavras e das emoções que formam esse núcleo de sentimentos que nos maravilha e fascina.
 
Dia 17 de Abril-15h15
Auditório da Esc.Sec.de Camões
A Literatura no Cinema
Exibição do filme “Os Maias”
Com a presença do realizador João Botelho e do crítico José Vieira Mendes
Numa adaptação ao cinema do livro homónimo de Eça de Queiroz, o retrato pleno de crítica social de uma sociedade decadente e em crise de valores. 

Dia 18 de Abril-11h00
Encontro no Largo do Teatro N. S. Carlos
A Literatura pelas Ruas
Os passos de Fernando Pessoa
Visita de duas horas guiada por Susana Araújo da C.M. Lisboa
Descobrir Lisboa através da vida e das palavras de Fernando Pessoa, passeando pelos lugares frequentados pelo poeta.
Dia 18 de Abril-21h00
Teatro A Barraca
A Literatura no Teatro 
Afonso Henriques
Autoria e encenação de Hélder Costa e figurinos de Maria do Céu Guerra
Uma reflexão sobre símbolos e valores, num mundo globalizado, de culto do efémero e de banalização civilizacional.
Dia 19 de Abril-13h30
Restaurante: A Parreirinha do Rato
A Gastronomia na Literatura
Um almoço literário
 Comemorativo do 25 de Abril e com ementa do livro de Eça de Queiroz “ A Cidade e as Serras”
Leitura de textos alusivos à gastronomia em Eça de Queiroz, Álvaro de Campos, Alexandre O’Neil, Eugénio de Andrade, Miguel Torga e Cecília Meireles e outros, por Helena Peixinho e Fenando Rebelo.
 
Dia 19 de Abril- 17h30
Associação José Afonso (AJA)
A Literatura na Música
Cantar palavras de sempre
Com a presença dos músicos  Iolanda Costa, Chalo Correia, João Mourão, Diogo Esparteiro, António Pereira,  Luís Samouco, Marta Dias, João Rodrigues  e Vítor Sarmento.

Concerto de Homenagem à Língua Portuguesa, aos poetas e à poesia de raízes lusófonas, com representações de África, Brasil e Portugal.

Ora passou-se porém
Que dentro de um povo escravo
Alguém que lhe queria bem
Um dia plantou um cravo.
Era a semente da esperança
Feita de força e vontade
Era ainda uma criança
Mas já era liberdade.


José Carlos Ary dos Santos,
Obra poética