Conversas de Maio, na Abril.

E assim aconteceu… Uma conversa de fim de tarde, no dia 24, domingo, entre as 17.00h e as 20.00h, na sede da Associação, acompanhada por um saboroso chá. Mais uma conversa de fim de tarde como temos denominado estes encontros, este dedicado à Mulher e a Maio, por isso o subtítulo Maio, na Abril, um mês com muita simbologia não só aliada à natureza, às flores, aos frutos que amadurecem, mas também ao trabalho, às lutas reivindicativas por uma sociedade mais justa e solidária. E neste particular, destaca-se a luta das mulheres pela igualdade, por direitos iguais, por salários iguais, contra os diversos tipos de discriminação. E, se na sociedade ocidental, se têm dado passos significativos, em muitos lugares do mundo a mulher continua relegada para um estatuto de ser inferior. Por isso a luta é longa, contínua e continua.
Falou-se de literatura, dessa arte que nos ajuda a compreender a alma humana nas suas mais variadas facetas. Reflectimos com a ajuda preciosa da escritora e poeta catalã Montserrat Cano Guitarte, como a mulher é vista e descrita através dos olhares de poetas e escritores, sendo eles homens ou mulheres, e como o modelo feminino tem evoluído através dos tempos e por esses diferentes olhares. Ouvimos poemas de mulheres, sobre a mulher, pela voz de Elsa de Noronha, moçambicana, declamadora e também ela autora de poesia, no seu jeito de dizer forte e comovido, na sua entrega a uma sensibilidade rara, atenta ao mundo que a rodeia, e que, no final, ainda nos mimou com canções emblemáticas na sua voz poderosa e tocante.
Contámos ainda com a colaboração da artista plástica Lurdes Robalo, portuguesa, com uma longa actividade como pintora e que tem marcado presença em diversas exposições individuais e colectivas, que nos trouxe a sua abordagem do quotidiano, numa paleta de cores, de vida, de flores e de mulheres. Cruzámos, misturámos e partilhámos conversas, temáticas, culturas, sensibilidades, e até sabores. Defendemos causas e pugnámos por uma sociedade que respeite, acima de tudo, os Direitos Humanos. Foi o nosso modo de festejar a Primavera e dar as boas-vindas ao Verão e assim continuarmos a construir a esperança.
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