Partimos à descoberta das pinturas afresco, no Baixo Alentejo, num grupo de 36 pessoas, extremamente motivadas , mas quase todas elas numa primeira visita a estas capelinhas bem discretas, disseminadas numa paisagem singular que o Alentejo sempre nos oferece: passámos por Portel, S.Cucufate, Alvito.
O dia não estava muito quente , o que se tornou muito agradável e nos permitiu desfrutar da visita com calma e sem esforço, embora em S.Cucufate, no meio das ruínas e do restolho um sol quase abrasador nos tenha visitado por uns momentos, fazendo juz ao tradicional calor alentejano. Mas foi por pouco tempo e logo nos recolhemos nas ruínas frescas e nos surpreendemos com as pinturas quase ingénuas mas tão tocantes, abandonadas pelo tempo e pelos homens.
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Na capela de Portel, por onde iniciámos o passeio, já nos tinha sido apresentada uma pintura maravilhosa, diferente, de frescos mais elaborados, mais requintados mas também a precisarem de ajuda na sua conservação.
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Em Alvito apreciou-se um bom exemplo de recuperação das pinturas na capela de S. Sebastião, admirámos a bela Igreja Matriz e o seu fantástico fresco. Passámos depois pelas portas manuelinas, curiosas entradas reais em casa modestas e visitámos as antigas grutas de mós de moinho, que remontam ao século XV. Para terminar o dia, ouvimos um grupo de cante alentejano e saboreámos um gaspacho fresco e um queijo deliciosos, numa taberna típica.
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Regressámos a Lisboa mais enriquecidos, pois descobrimos um património, para muitos de nós desconhecido, e que precisa de ser visitado para não ser esquecido e deixado ao desinteresse e insensibilidade vigentes. No entanto, ficámos com a sensação, talvez influenciados pelo entusiasmo e profissionalismo da nossa guia, de que também é da responsabilidade de cada um de nós enquanto cidadãos, lutar pela sua preservação e divulgação.
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