Durante duas horas e meia, Marinho e Pinto explanou e respondeu a questões acerca do seu entendimento sobre o estado da Justiça em Portugal, perante uma sala cheia de gente interessada em o ouvir.
Entre outras matérias, foi muito crítico relativamente ao facto de haver um Órgão de Soberania que passou automaticamente duma situação de ditadura para uma democracia sem alterações; que não é minimamente escrutinado nem supervisionado, exercendo um poder absoluto segundo o seu restrito critério; poder esse, em grande parte, exercido por juízes saídos quase directamente da Faculdade sem que já tenham adquirido a idade e maturidade necessária à importância da sua acção; e que permanecem na magistratura ao longo de toda a sua vida profissional progredindo segundo um padrão meramente corporativo.
Falou também do arrastar dos processos sem decisão, tornando a justiça inoperante, o que na prática, conduz ao poder dos mais fortes sobre os mais fracos. Daí o descrédito generalizado na justiça.
Tem norteado a sua acção de acordo com princípios que defende intransigentemente - liberdade, justiça e solidariedade.
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