Convite






Dando continuidade às conferências incluídas no Ciclo "Radiografias do nosso tempo" vamos desta vez ao encontro da memória, lembrando um momento crucial da nossa história recente: o 25 de Novembro. Vimos, pois, propor-vos uma reflexão sobre o papel do 25 de Novembro na história da democracia em Portugal, analisado  sob os diferentes olhares de protagonistas que estiveram em trincheiras opostas-Otelo Saraiva de Carvalho e Vasco Lourenço- e o olhar interpretativo e sintético do historiador António Reis.
25 de Novembro 2013

18h30 

Sociedade Portuguesa de Autores (Av.Duque de Loulé, nº31)


O "25 de Novembro" terá sido a derrota do "25 de abril", como alguns teimam em dizer? O "25 de Novembro" abriu caminho a um desequilíbrio nas Forças Armadas que acabou por vitimar, política e militarmente, os sectores moderados que foram responsáveis pelo seu êxito? Ou o "25 de Novembro" representou, no fundo, o "25 de Abril" possível na Europa de então?

(in Francisco Seixas da Costa, blogue "Duas ou três coisas").

Os futuros compêndios de História poderão resumir o evento em escassas linhas: Após um Verão Quente de disputa entre forças revolucionárias e forças moderadas, pela ocupação do poder, civis e militares chegaram ao outono a contar espingardas. O confronto tantas vezes anunciado pareceu por fim inevitável, quando, na madrugada de 25 de Novembro, tropas para-quedistas ocupam diversas bases aéreas, na expectativa de receber apoio do COPCON. Mas um grupo operacional de militares, chefiado por Ramalho Eanes, liquidou a revolta no ovo, substituindo o PREC (Processo Revolucionário em Curso) pelo “Processo Constitucional em Curso”.

(in Manuela Cruzeiro, Centro de Documentação 25 de Abril,).

1 comentário:

Graza disse...

A Revolução parou aqui. O que era preciso ter sido acabado, não foi. Ficou a meio. Hoje queixamos-nos que muita coisa está mal de raiz. Portugal nunca será mais nada do que isto enquanto uma Revolução não acabar o que ficou por fazer. É impossível que vocês não estejam todos a pensar como eu, numa que nem foi iniciada: a Justiça Voltando o filme até lá, sabemos quem não teve coragem para resistir, e se recolheu para lamber as feridas.
As melhores e mais eficazes revoluções são aquelas em que o povo que as faz não precisa de tutela, porque é o povo que sabe o que quer e não uma classe de iluminados que pensa por ele.