A Abril com a responsabilidade do nome que carrega e obedecendo aos seus objectivos tentou organizar debates que reflectissem a realidade actual, no sentido do questionamento e da análise, tendo em vista a consciencialização e o esclarecimento bem como a promoção da cidadania activa e da democracia participativa.
Terminou este ciclo de debates denominado "Radiografias do nosso Tempo", este trimestre com o subtema "O E(e)stado a que chegámos", com uma conferência /debate sobre "O papel do 25 de Novembro de 1975, na história da democracia em Portugal", que teve lugar no dia 25 de Novembro, na SPA.
O 25 de Novembro continua a ser uma data fraturante entre os portugueses. Para muitos portugueses o 25 de Novembro foi o fechar dos caminhos que Abril abriu. Para outros, pelo contrário, foi o afirmar desses caminhos dentro de um processo democrático. É acerca dessas duas posições que se dividem os portugueses, tanto os que foram protagonistas activos no 25 de Abril e no 25 de Novembro -os militares-, como a classe política, os historiadores e os cidadãos em geral.
De lembrar que o 25 de Novembro surge em plena guerra fria, num momento em que a União Soviética não estava interessada em apadrinhar uma nova Cuba. Por outro lado, os EUA e o chamado mundo livre estavam decididos a que tal não acontecesse. Para além disso, em Portugal, também não havia um projecto claro e consistente que conduzisse a uma 3ª via, com carácter revolucionário. É neste contexto que o 25 de Novembro ocorre, num Portugal com uma esquerda desorganizada e dividida e com uma direita já muito consciente do seu papel. Na SPA sucederam as intervenções da mesa, de Otelo Saraiva de Carvalho, Vasco Lourenço e António Reis a que se seguiram vários depoimentos e interpretações entre a assistência, que puderam revelar certos factos que iam completando os dos conferencistas e do historiador presentes. Fez-se uma revisão de um acontecimento que ainda mantém muitas feridas abertas e algumas nebulosas. Foram revelados factos inéditos.
A SPA foi pequena para acolher tantos interessados num debate que nos pareceu histórico, quer por algumas revelações, quer porque tais acontecimentos continuam a ter repercussões nos dias de crise que hoje se vivem. Fez-se história neste dia e assim possamos colher ensinamentos dessa história. Para a Associação Abril foi uma honra ter levado a cabo este debate e ficou-nos a convicção de que será necessário continuar a promover outros encontros, com novos protagonistas que estiveram noutras barricadas
O 25 de Novembro continua a ser uma data fraturante entre os portugueses. Para muitos portugueses o 25 de Novembro foi o fechar dos caminhos que Abril abriu. Para outros, pelo contrário, foi o afirmar desses caminhos dentro de um processo democrático. É acerca dessas duas posições que se dividem os portugueses, tanto os que foram protagonistas activos no 25 de Abril e no 25 de Novembro -os militares-, como a classe política, os historiadores e os cidadãos em geral.
De lembrar que o 25 de Novembro surge em plena guerra fria, num momento em que a União Soviética não estava interessada em apadrinhar uma nova Cuba. Por outro lado, os EUA e o chamado mundo livre estavam decididos a que tal não acontecesse. Para além disso, em Portugal, também não havia um projecto claro e consistente que conduzisse a uma 3ª via, com carácter revolucionário. É neste contexto que o 25 de Novembro ocorre, num Portugal com uma esquerda desorganizada e dividida e com uma direita já muito consciente do seu papel. Na SPA sucederam as intervenções da mesa, de Otelo Saraiva de Carvalho, Vasco Lourenço e António Reis a que se seguiram vários depoimentos e interpretações entre a assistência, que puderam revelar certos factos que iam completando os dos conferencistas e do historiador presentes. Fez-se uma revisão de um acontecimento que ainda mantém muitas feridas abertas e algumas nebulosas. Foram revelados factos inéditos.
A SPA foi pequena para acolher tantos interessados num debate que nos pareceu histórico, quer por algumas revelações, quer porque tais acontecimentos continuam a ter repercussões nos dias de crise que hoje se vivem. Fez-se história neste dia e assim possamos colher ensinamentos dessa história. Para a Associação Abril foi uma honra ter levado a cabo este debate e ficou-nos a convicção de que será necessário continuar a promover outros encontros, com novos protagonistas que estiveram noutras barricadas
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